A família também apresenta mecanismos de defesa. Há poucas expectativas em relação à recuperação, pois todos da família devem se tratar, não só o alcoólatra. Um alcoólatra dificilmente pára de beber. De cada 100 alcoólatras, apenas 1 consegue entrar num programa de recuperação. Os outros 99 morrerão sem querer parar de beber. Um dos fatores que levam o alcoólatra a continuar bebendo é a interferência de familiares que procuram apagar "o ontem à noite", procurando minimizar as perdas que a bebida traz. A falta de informação da população, a falta de profissionais preparados para esse tipo de atendimento, a falta de cursos sobre a dependência química em faculdades de medicina levam à ignorância em relação ao que poderia ser uma ajuda real. A conivência de chefes e colegas de trabalho, que acham "engraçado" alguém se alcoolizar é, no mínimo, estranha.